Metodologia


Para proporcionar mudanças positivas nas taxas de ingresso, número de trancamentos, de retenção, de reprovações em disciplinas e melhorar os índices de evasão, foi definiada uma metodologia de trabalho que permita a atuação direta com os cursos. Sendo assim, é uma metodologia que requer um trabalho colaborativo entre Prograd, coordenações e Colegiados de cursos, Direções dos Centros do Ensino, docentes e discentes.

A colaboração, como metodologia de pesquisa, tem sido muito adotada no campo da formação de professores em que há participação de pesquisadores e sujeitos que atuam nas escolas da educação básica, constituindo-se como assinalam Boavida e Ponte (2002, p. 43), em “[...] uma estratégia fundamental para lidar com problemas que se afiguram demasiado pesados para serem enfrentados em termos puramente individuais”. Muitas vezes, os estudantes têm que solucionar sozinhos os desafios enfrentados em sua trajetória acadêmica, o que parece bastante pesado para um sujeito em fase de formação, mesmo quando esta ocorre em uma instituição de ensino superior.

Desse modo, criar, colaborativamente, meios para proporcionar a permanência dos estudantes na Ufes e a conclusão dos cursos é uma ação necessária. Apesar da indicação de mudanças positivas nos indicadores relativos à evasão na Ufes (ver texto completo do p, eles são preocupantes em alguns Centros de Ensino e cursos da Ufes. Nesse sentido, alterações nesses indicadores requerem ação colaborativa, coletiva e comprometida ética e politicamente com o ensino-aprendizagem nos cursos de graduação e com seus resultados, de forma que proporcione mudanças para patamares superiores de desenvolvimento profissional, cognitivo e ético-político dos estudantes que frequentam a Ufes. Como ainda salientam Boavida e Ponte (2002, p. 44), cada vez mais reconhecemos

[...] a complexidade e a natureza problemática dos processos educativos. São as dificuldades dos alunos em atingir os objectivos curricularmente prescritos, são as dificuldades das instituições escolares em assumirem projectos educativos fortes e em estabelecerem relações profundas de envolvimento com as comunidades onde se inserem, é a imagem degradada que a educação tem hoje nos media e, pior que tudo, é a descrença generalizada na possibilidade de transformar, de modo positivo, esta situação.

São inúmeros os desafios colocados na educação superior e para a Ufes, mas, se o foco for no ensino-aprendizagem, acreditamos que os estudantes conseguirão atingir os objetivos estabelecidos nos projetos pedagógicos dos cursos. Assim, adotaremos, como metodologia de trabalho para o desenvolvimento de projetos que visam a proporcionar a permanência e a conclusão com sucesso nos cursos, a colaboração entre os envolvidos nos processos de ensino-aprendizagem e gestão dos cursos.

Na última década, muito foi escrito, comentado e discutido acerca da necessidade de inovações na educação superior. Speller (2012, p. 45), ao comentar as reflexões de Marco Antonio Dias, no texto intitulado Inovações na educação superior: tendências mundiais, assinala que este último ressaltou, em termos de inovação:

a necessidade de assegurar acesso sem discriminação; de definir como missão educar cidadãos oferecendo-lhes espaço de aprendizagem de alto nível; de preservar a função crítica da universidade; de garantir qualidade na perspectiva de um conceito multidimensional englobando todas suas funções e atividades, implicando a pertinência; de colocar os estudantes no centro do processo; [...] e, por fim, de pensar a educação superior como bem público.

Nessa perspectiva de inovação da educação superior, considerando que os indicadores que intencionamos melhorar requerem projetos e ações diferenciados, adotamos, na primeira etapa do trabalho, os seguintes procedimentos:

  1. aproximação, por meio de conversa, com as direções dos Centros cujos cursos apresentam baixa taxa de ingresso, taxas expressivas de evasão e de trancamentos de matrícula, assim como altos índices de reprovação;
  2. leitura crítica do texto do programa pelos Colegiados dos cursos;
  3. retorno à Prograd das indicações de mudanças no programa;

No que se refere à leitura crítica do texto do programa, assinalamos o recebimento de duas contribuições individuais no mês de dezembro, conforme cronograma estabelecido. Além das contribuições individuais, recebemos contribuições do Centro de Ciências Humanas e Naturais, do Centro de Educação Física e Desporto, do Centro Tecnológico, do Centro de Artes e do Centro Universitário do Norte do Espírito Santo. Desse modo, cinco Centros encaminharam críticas e sugestões que foram incorporaradas ao texto do programa. Dentre as contribuições, destacamos que muitos aspectos tratados dizem respeito a ações de permanência já desenvolvidas pelos Colegiados, ações que poderão ser realizadas pelos Colegiados, assim como pela Prograd.

A segunda etapa consiste na elaboração de projetos específicos para atuação com a finalidade de alterar positivamente os indicadores pertinentes aos cursos e aos Centros de Ensino. Essa etapa abrange projetos das Diretorias da Prograd, dos Centros de Ensino, das coordenações e Colegiados dos cursos, assim como de docentes e discentes. Como assinalado nas contribuições apresentadas pelos Centros de Ensino, as coordenações e os Colegiados dos cursos têm apoio da Prograd na elaboração dos projetos e ações que proporcionem a permanência e conclusão dos cursos.


 

Acesso à informação
Transparência Pública

© 2013 Universidade Federal do Espírito Santo. Todos os direitos reservados.
Av. Fernando Ferrari, 514 - Goiabeiras, Vitória - ES | CEP 29075-910